Guarda Municipal de Lauro de Freitas será armada a partir de 2026 e terá concurso para triplicar efetivo

A Prefeitura de Lauro de Freitas anunciou nesta quinta-feira (5) uma importante medida na área da segurança pública municipal: a Guarda Civil Municipal (GCM) será armada a partir de 2026. A iniciativa será acompanhada da realização de um concurso público para triplicar o efetivo atual, promovendo uma reestruturação completa da corporação.

O anúncio foi feito pela prefeita Débora Régis durante evento institucional voltado à valorização das forças de segurança. Segundo a gestora, o projeto prevê investimentos em formação, estrutura, inteligência e equipagem da GCM, que atualmente atua de forma desarmada e com número reduzido de agentes.


“Lauro de Freitas precisa de uma Guarda mais forte, treinada e preparada. Vamos armar nossa corporação com responsabilidade, formação técnica e diálogo com os órgãos de controle. A segurança do nosso povo é prioridade”, afirmou a prefeita durante o pronunciamento.


A medida vem sendo discutida internamente desde 2023, e segundo a Secretaria Municipal de Segurança Pública (SESP), a proposta está alinhada com o Estatuto Geral das Guardas Municipais (Lei 13.022/2014), que autoriza o uso de armamento letal em municípios com mais de 50 mil habitantes — caso de Lauro de Freitas.

A formação dos agentes será conduzida em parceria com a Polícia Federal e a Academia de Polícia Militar da Bahia, conforme exigência legal. O concurso público está previsto para ser lançado no segundo semestre de 2025, com a oferta de mais de 200 vagas, incluindo cargos operacionais e administrativos.

O secretário municipal de segurança, Tenente Alex Duarte, explicou que o novo modelo de atuação da Guarda incluirá patrulhamento preventivo, uso de viaturas equipadas com câmeras, integração com o sistema de videomonitoramento e atuação nas escolas, praças, terminais e áreas comerciais.


“Vamos ampliar nossa presença territorial com inteligência e respeito ao cidadão. A nova Guarda será símbolo de proteção, não de intimidação”, pontuou o secretário.


A decisão da prefeitura também levou em conta o crescimento da cidade, a demanda por presença ostensiva nas vias públicas e os desafios trazidos pela criminalidade urbana. Atualmente, a GCM conta com cerca de 100 agentes, número que, segundo a gestão, é insuficiente diante das necessidades atuais.

Moradores e lideranças comunitárias receberam positivamente a notícia, embora parte da população também cobre que o processo seja transparente e que haja rigor no treinamento dos novos agentes.

A implementação do armamento será gradual e passará por etapas de formação, certificação, aquisição de equipamentos e regulamentação dos procedimentos operacionais. A gestão municipal afirma que todo o processo será acompanhado pelo Ministério Público, Ouvidoria Municipal e Comissão de Direitos Humanos.


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